Conhecido popularmente como “tranquilizante” ou “calmante”, os ansiolíticos estão cada vez mais presentes na vida de muitos brasileiros, principalmente nos últimos anos.
De acordo com informações do SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados) e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a cada hora nos últimos 8 anos, cerca de 5.144 caixas de remédios ansiolíticos saíram das farmácias e drogarias brasileiras, resultando em um total de 123,5 mil caixas de ansiolíticos por dia.
Infelizmente, este é um marco preocupante, pois a população brasileira é considerada uma das mais ansiosas em todo o planeta, de acordo com a pesquisa da OMS (Organização Mundial da Saúde) realizada em 2019.
Vale ainda destacar que, dentro dessa população que possui algum tipo de problema relacionado à ansiedade, há também uma porcentagem de motoristas que utilizam ansiolíticos.
No caso desses motoristas, é necessário ter uma atenção redobrada quando se trata dos tranquilizantes, visto que os efeitos ansiolíticos podem provocar: fadiga, sonolência, perda da coordenação motora, redução dos reflexos, da atenção e da concentração, entre outros.
Tais efeitos fazem com que o condutor coloque a própria vida em risco, bem como de outros motoristas.
Por essa razão, os motoristas de categoria C, D e E, que conduzem veículos pesados e consomem estes medicamentos, têm dúvidas se o exame toxicológico consegue detectar ou alterar o resultado do exame, visto que se trata de um remédio controlado e de prescrição médica.
Portanto, confira abaixo um pouco mais sobre o que são os ansiolíticos, para que servem, e se o exame toxicológico detecta o uso desses medicamentos.
Ansiolíticos (também conhecidos como drogas anti-ansiedade, calmantes e tranquilizantes), são medicamentos que atuam em determinadas áreas do cérebro, visando tratar de diversos problemas mentais, reduzindo a euforia, tensão, e especialmente a ansiedade.
O seu uso geralmente é feito pela boca (via oral), apresentados na forma de comprimidos e cápsulas, bem como usados via endovenosa na forma de injeção. No entanto, as formas injetáveis só podem ser utilizadas em hospitais.
Vale também destacar que o uso dos ansiolíticos só podem ser usados através de prescrição médica e de acompanhamento médico, pois caso contrário, se usado indevidamente, pode gerar efeitos colaterais.
Apesar de ser utilizado principalmente para o transtorno de ansiedade, o ansiolítico também é usado para tratar outras condições psiquiátricas, ajudando no tratamento para prevenir crises e melhorar alguns sintomas, como:
- Depressão
- Transtorno obsessivo compulsivo
- Transtorno de estresse pós-traumático
- Transtorno disfórico pré-mestrual
- Síndrome de abstinência alcóolica
- Síndrome do pânico
- Epilepsia ou convulsão
- Insônia
Apesar dos calmantes trazer uma melhor qualidade de vida ao longo do tratamento e ajudar no problema ou doença em si, os ansiolíticos também podem trazer diversos efeitos colaterais.
Dentre os efeitos, estão:
- Fadiga
- Perda de memória
- Perda da coordenação motora
- Sonolência
- Redução dos reflexos, da atenção e da concentração
Os ansiolíticos também podem apresentar um grande risco para o desenvolvimento de dependência química. Por essa razão que tais medicamentos são controlados e contra indicados para usos em longo prazo.
Por ser um remédio controlado, os ansiolíticos podem ser identificados no exame toxicológico.
Através da coleta de pequenas amostras de cabelos ou de pelos do corpo, o exame toxicológico consegue identificar se houve ou não o consumo de ansiolíticos, bem como o consumo de drogas, em um período de 90 a 180 dias após análise do exame.
Por ser um remédio controlado, é recomendado que o doador comunique a respeito da utilização dos remédios controlados (como o caso dos ansiolíticos), preferencialmente antes da realização do exame, além de apresentar o laudo médico que comprove a necessidade do uso.
Assim, o laboratório de análise terá a ciência que o doador faz o consumo e remédio controlados, e emitirá um laudo indicando a medicação usada, quantidade, frequência do uso, junto com a comprovação do consumo justificável.
Caso o doador comunique a utilização dos ansiolíticos após a realização do exame toxicológico, será necessário também apresentar o laudo válido e dentro do período analisado, para que o médico possa emitir uma nova via do exame, especificando a medicação apontada.
Para maiores informações sobre remédios controlados e o exame toxicológico, acesse nossa página: Remédios controlados são detectados no exame toxicológico?