Conhecida por vários nomes populares, como “maconha”, por exemplo, a cannabis é uma espécie de planta originária da Ásia que vem sendo cultivada há milhares de anos pelo mundo todo. Embora tenha sido amplamente utilizada para a produção de roupas e cordas de fibra, evidências da inalação de fumaça de cannabis são encontradas desde o terceiro milênio a.C.
No início do século XX, passou a ser criminalizada em diversos países, sendo que foi proibida oficialmente no Brasil em 1964. Atualmente, a Lei Antidrogas proíbe em todo o território nacional o plantio, a cultura, a colheita e a exploração da cannabis, permitindo apenas o seu uso em rituais religiosos ou para fins medicinais e científicos.
O THC (tetra-hidrocanabinol) e o CBD (canabidiol) são dois compostos químicos encontrados na planta de cannabis, porém, embora ambos sejam canabinóides, eles têm propriedades e efeitos diferentes. Isso porque o THC é o composto psicoativo responsável pelo “barato” da planta, enquanto o CBD não provoca esses efeitos.
O canabidiol é extraído do caule da folha da cannabis e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o CBD não apresenta efeitos indicativos de qualquer abuso ou potencial de dependência. A substância pode ser comercializada de várias formas, como em óleos, extratos, cápsulas, adesivos e outras preparações para uso na pele.
A cannabis é uma erva anual (ou seja, que germina, floresce e morre no período de um ano), e geralmente cresce em climas quentes e temperados. Suas folhas tem um formato bastante característico devido às suas pontas serrilhadas e divididas em folíolos. Dependendo da variedade, também pode produzir flores pequenas e perfumadas.
Algumas das finalidades da cannabis são:
- Fabricação de fibras (cânhamo) para cordas e peças de roupa;
- Uso medicinal e terapêutico;
- Uso recreativo;
- Produção de óleos e extratos;
- Rituais religiosos ou espirituais;
- Pesquisas científicas e estudos sobre seus efeitos e propriedades.
Considerada como um gênero de “angiospermas”, a cannabis é dividida em basicamente três variedades diferentes da planta: Cannabis Sativa, Cannabis Indica e Cannabis Ruderalis.
Enquanto as variedades conhecidas como cânhamo, usadas para fazer tecidos, apresentam um teor de canabinóides muito baixo, a cannabis indica pode ter uma relação CBD e THC bem alta, que chega a ser de 4 a 5 vezes maior que a cannabis sativa.
Saiba mais sobre cada uma dessas variedades:
A cannabis sativa é uma das variedades de cannabis mais populares para uso recreativo porque é conhecida por sua natureza estimulante e energizante. Essa variedade se destaca por seu crescimento alto e esguio e por seus efeitos frequentemente descritos como cerebrais, criativos e inspiradores.
É bastante popular entre aqueles que procuram um aumento na criatividade, foco e euforia, e um alívio do estresse e da ansiedade.
Ao contrário da cannabis sativa, a cannabis indica tende a ter efeitos mais sedativos e calmantes, sendo conhecida por produzir uma sensação de relaxamento no corpo e muito utilizada durante a noite para induzir o sono. Com estrutura compacta e folhas mais largas, essa variedade é buscada por quem busca alívio da dor, da insônia e da tensão muscular.
Menor e menos conhecida entre as variações da cannabis, a cannabis ruderalis é caracterizada por sua resistência natural e capacidade de florescer independentemente do fotoperíodo.
Por ter um teor de THC mais baixo, é menos comum no mercado de consumo, mas costuma ser valorizada por sua adaptabilidade e contribuição para a criação de variedades híbridas com características específicas.
Existem várias formas de consumir cannabis: fumar, vaporizar, inserir a planta em alimentos e bebidas.
Também é possível fazer o uso da cannabis em óleos e extratos, produtos tópicos, sprays sublinguais e até mesmo em forma de cápsulas/comprimidos. Vale lembrar que cada método de consumo tem características distintas e pode afetar a experiência e os efeitos produzidos.
A cannabis é frequentemente consumida por seus efeitos psicoativos e fisiológicos e, no caso da cannabis sativa, acontece uma subjetiva mudança na percepção e, sobretudo, no humor da pessoa.
Abaixo, listamos os sintomas mais comuns da cannabis sativa, mas é importante destacar que os efeitos podem variar de pessoa para pessoa e dependem da dose, do perfil genético e da sensibilidade individual. Confira!
Efeitos psíquicos:
- Estimulação cerebral;
- Euforia;
- Sensação de felicidade;
- Foco e concentração;
- Aumento da energia;
- Aumento de apetite;
- Sensação de relaxamento / sonolência.
Efeitos físicos:
- Aumento da frequência cardíaca;
- Aumento ou diminuição da pressão arterial;
- Olhos vermelhos;
- Olhos ressecados;
- Dilatação dos brônquios;
- Tosse
- Fotofobia.
Entre os efeitos colaterais indesejados estão a diminuição da memória de curto prazo, diminuição da capacidade motora e sentimentos de paranóia ou ansiedade. Os efeitos da cannabis a longo prazo ainda estão sendo estudados.
O canabidiol, conhecido pela sigla CBD, é um dos principais compostos encontrados na planta de cannabis. Diferente do THC, ele não produz efeitos psicoativos significativos e não provoca “brisa” quando consumido.
O CBD costuma ser consumido principalmente por meio de óleos e tinturas, mas também pode ser vaporizado, usado de forma tópica e inserido em alimentos e bebidas.
Popular principalmente no tratamento contra a epilepsia, o CBD tem ganhado destaque e sido cada vez mais estudado devido às suas potenciais propriedades terapêuticas. Embora seja aprovado apenas para o tratamento da Síndrome de Dravet, também apresenta potencial em outros cuidados relacionados à saúde.
Redução do estresse e da ansiedade, melhora do sono e alívio da dor são alguns dos efeitos que o CBD pode provocar, mas estudos também mostram que ele pode auxiliar no controle de convulsões, além de conter propriedades anti-inflamatórias ideais para tratar condições inflamatórias, como artrite e inflamações da pele.
O canabidiol (CBD) atua no cérebro interagindo com os receptores canabinóides do sistema endocanabinoide, que está envolvido na regulação de várias funções do organismo. Ele tem efeitos moduladores e reguladores sobre neurotransmissores como a serotonina, a dopamina e o glutamato.
Essa interação pode influenciar a atividade neuronal, os processos inflamatórios e a resposta do sistema imunológico, o que pode explicar os efeitos terapêuticos observados em condições como dor, ansiedade e epilepsia.
Embora possam estar relacionados, o óleo de cannabis e o canabidiol (CBD) não são a mesma coisa. O óleo de cannabis é um extrato da planta de cannabis que pode conter uma combinação de vários compostos, incluindo THC e CBD, além de outros canabinoides, terpenos e flavonoides.
O teor de THC no óleo de cannabis pode variar e, em alguns casos, pode ser psicoativo. Por outro lado, o canabidiol (CBD) pode ser isolado e utilizado em forma pura, sendo geralmente extraído extraído de variedades de cannabis com baixo teor de THC. O óleo de canabidiol é frequentemente utilizado para fins terapêuticos.
Apesar de ainda ser um tema polêmico, o uso da maconha medicinal tem sido cada vez mais estudado, explorado e debatido. Entre os benefícios da cannabis para fins medicinais, destacam-se a melhora de náuseas e vômitos e o estímulo do apetite em pacientes submetidos à quimioterapia e em pessoas com AIDS.
Além de possuir efeitos analgésicos gerais, a cannabis também atua na redução da pressão intraocular, mostrando-se eficaz no tratamento do glaucoma. Alguns estudos também sugerem que a cannabis pode ser benéfica para uma ampla variedade de doenças, que vão desde esclerose múltipla até depressão.
Recentemente, pesquisas confirmaram a eficácia do principal componente da cannabis, o THC, contra células cancerígenas, enquanto outros estudos apontam o consumo de THC como benéfico para portadores de Mal de Alzheimer.
Uma nota técnica divulgada recentemente pela Fiocruz também destacou que algumas pesquisas são conclusivas em apontar a segurança e eficácia dos canabinóides na redução de sintomas e melhora do quadro de saúde para dor crônica, espasticidade, transtornos neuropsiquiátricos e outras condições clínicas.
Sim. O THC e seu principal metabolito (inativo), o THC-COOH, podem ser medido no sangue, urina, cabelo, fluido oral ou no suor e a elevada solubilidade lipídica dos canabinóides resulta na sua persistência no corpo por longos períodos de tempo.
Mesmo depois de uma única administração de THC, níveis detectáveis dessa substância podem ser encontrados no corpo por uma semana (ou mais, dependendo da quantidade administrada e a sensibilidade do método de avaliação). O Óleo de Cannabis / Canabidiol, bem como o seu uso medicinal também podem ser detectados no exame.
Por essa razão é importante apresentar o laudo médico indicado o uso terapêutico no momento de realizar a coleta do exame, para que, caso o exame indique positivo, seja justificável o uso dos medicamentos controlados e prescritos para uso medicinal/terapêutico.
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