Disponível em gotas ou em comprimidos que podem ser consumidos via oral ou sublingual, o clonazepam, conhecido pelo nome comercial Rivotril, é um medicamento potente e de efeito rápido, porém com muitos riscos, incluindo o de dependência.
O clonazepam é o segundo remédio mais vendido no Brasil – que, não coincidentemente, é um dos países com maior número de pessoas ansiosas no mundo – mas só pode ser adquirido mediante a apresentação de receita médica, que é retida pela farmácia.
Esse fármaco é utilizado desde a década de 1970 e, apesar de ser bastante conhecido, seu uso ainda pode gerar uma série de dúvidas. Confira abaixo para que serve o Rivotril, quais são seus efeitos, riscos, principais dúvidas e mais.
O clonazepam é um medicamento ansiolítico que faz parte do grupo dos benzodiazepínicos e que atua no SNC (Sistema Nervoso Central). Ele possui propriedades sedativas, relaxantes e anticonvulsivantes e só pode ser consumido quando há supervisão médica, já que é considerado um remédio de tarja preta.
Ao ser administrado pela via oral, o Rivotril é rapidamente distribuído por todo o organismo e seu mecanismo de ação se resume na inibição da anormal atividade elétrica cerebral. Como resultado, a redução da atividade neuronal é potencializada, levando o paciente à sedação e ao relaxamento dos músculos, além de proporcionar efeito calmante (ansiolítico).
Apesar de ser comumente prescrito para tratamentos de distúrbios de ansiedade, o clonazepam (Rivotril) também pode ser utilizado para crises de epilepsia e convulsões, para inquietação extrema e para vertigem e distúrbios do equilíbrio.
Costuma ser indicado principalmente para adultos com transtornos do humor – sendo bastante indicado para a fase inicial do tratamento da depressão – e transtornos de ansiedade como síndrome do pânico, ansiedade generalizada e ansiedade social.
De acordo com a bula do medicamento, o clonazepam também está indicado como medicação de segunda linha em espasmos infantis, porém deve ser administrado com muito cuidado em crianças, pois elas estão mais propensas à manifestação de efeitos adversos.
O Rivotril é considerado um medicamento bem tolerado e seguro quando administrado em doses adequadas e por pouco tempo, mas, ainda assim, pode apresentar efeitos colaterais. Os mais comuns são:
- Letargia;
- Sonolência;
- Cansaço;
- Dor de cabeça;
- Insônia;
- Alteração na capacidade motora;
- Alteração de memória;
- Perda de equilíbrio;
- Irritabilidade;
- Náuseas.
Há também reações menos comuns, como perda libido, alucinações, psicose e incontinência.
Assim como outros ansiolíticos, o Rivotril deve ser usado pelo menor tempo possível porque pode causar uma reação adversa bem preocupante, que é o risco de dependência. Ao fazer o uso prolongado desse medicamento, o paciente pode acabar sofrendo com algum comprometimento cognitivo.
Também existem alguns poucos registros de pacientes que desenvolveram disfunção sexual e piora da depressão após o uso desse ansiolítico de forma prolongada.
O clonazepam deve ser evitado em pessoas que tenham alergia a algum dos componentes de sua fórmula, mas algumas condições também precisam ser observadas com atenção antes que o remédio seja prescrito. São elas:
- Gravidez;
- Amamentação;
- Idade superior a 65 anos;
- Insuficiência respiratória grave;
- Problema no fígado ou nos rins;
- Glaucoma;
- Histórico de apneia do sono;
- Uso regular ou intoxicação aguda por drogas ou álcool.
Antes de iniciar o tratamento com o clonazepam, o paciente precisa avisar o seu médico caso faça o uso de alguns desses medicamentos que não “combinam” com esse ansiolítico:
- Antidepressivos (como fluoxetina, duloxetina e sertralina);
- Antifúngicos (fluconazol, cetoconazol, itraconazol);
- Anticonvulsivantes (carbamazepina);
- Medicamentos para dormir (diazepam);
- Medicamentos para o HIV (ritonavir);
- Medicamentos para o estômago (cimetidina);
- Medicamentos para pressão e doenças cardíacas (verapamil e diltiazem);
- Alguns antibióticos (como claritromicina, rifampicina);
- Outros depressores do SNC (fenobarbital).
Em menos graves, os sintomas da abstinência podem incluir tremor, agitação, insônia, ansiedade, cefaléia e dificuldade de concentração. Também podem ocorrer sudorese, espasmos muscular e abdominal, alterações na percepção e, mais raramente, delírio e convulsões. Caso o paciente identifique sintomas de abstinência, é necessário um acompanhamento médico bem próximo e apoio emocional e terapêutico.
O efeito do Rivotril pode durar até 8 horas em adultos, e 12 horas em crianças.
Para minimizar ou acabar com os efeitos do clonazepam, é fundamental buscar apoio de um profissional da saúde. A interrupção do tratamento com Rivotril nunca deve ser feita por conta própria e nem de forma repentina. Converse com o seu médico.
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A combinação de ansiolíticos e drogas pode ter um efeito fatal. Existem relatos de parada cardíaca e ataque cardíaco e aumento de comportamentos ansiosos.
Sim, o medicamento só pode ser comercializado mediante a apresentação de receita médica.
O esquema de doses e horários para tomar esse medicamento deve ser sempre recomendado por um médico especialista, mas, em geral, a dose inicial do clonazepam em gotas é de 2 a 3 gotas (0,2 mg a 0,3 mg) duas vezes por dia.
O clonazepan não é um medicamento que causa emagrecimento, porém pode provocar alterações de peso – para mais ou para menos – como resultado de efeitos colaterais do seu uso.
Sim. Isso significa que pode causar dependência física e psíquica.
A cafeína não corta totalmente o efeito do clonazepam, mas pode reduzir seus efeitos calmantes justamente por se tratar de um tipo de estimulante.
Nenhuma. Na verdade, o Rivotril é o medicamento referência do princípio ativo clonazepam, mas existem outros nomes comerciais.
O clonazepam tem meia-vida mais longa (isso faz com que dure mais tempo no corpo), enquanto o diazepam tem meia-vida curta.
Enquanto o clonazepam é usado geralmente em episódios pontuais, o alprazolam é mais recomendado para o uso de forma contínua.
Assim como qualquer outra substância psicoativa, o clonazepam / rivotril podem ser detectados no exame toxicológico de larga janela de detecção, sendo que o tempo de detecção é de 90 ou 180 dias.
No entanto, devido ao fato do exame toxicológico detectar diversas substâncias, é sempre aconselhável informar ao profissional coletor, no momento da realização do exame, que faz o uso de determinados medicamentos, além de entregar uma receita médica, mostrando a veracidade da utilização para fins terapêuticos.
O principal objetivo do Toxicológico é identificar o uso de drogas ilícitas, como maconha, cocaína, opiáceos, anfetaminas, entre outras substâncias de abuso.
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