Há três anos o exame toxicológico é uma exigência para os novos policiais militares em Mato Grosso. Já houve casos de aprovados que apresentaram resultado positivo para a presença de substâncias entorpecentes no organismo e acabaram excluído da carreira antes de começarem o curso preparatório, segundo o comandante-geral, coronel Osmar Lino Farias.
Conforme Farias, aqueles que acionaram judicialmente a Polícia Militar contestando a medida não tiveram sucesso. Felizmente, diz, o judiciário também entendeu que a PMMT não deveria aceitá-los.
A exigência do exame, assegura o comandante, é extensiva às seleções internas para mudança de patente. Como exemplo citou: “o cabo que quer concorrer a sargento precisa fazer; já negamos a promoção de alguns”.
Farias reconhece a presença de dependentes de drogas nas fileiras da PM. “Não podemos trazer viciado à Polícia, precisamos nos preocupar com os que já temos”, sentencia. No entendimento de Farias, o usuário de drogas é um criminoso em potencial, pode vender a arma, roubar e furtar.
Sobre os que já são policiais e enfrentam os problemas decorrentes do uso de drogas, Farias diz que a PM encaminha, orienta e exige o tratamento, “mas não fica passando a mão na cabeça se o tempo todo”.
À exemplo da população em geral, a dependência do álcool e drogas ilícitas é uma questão visível, sem números ou percentuais de prevalência. O secretário-adjunto de Segurança Pública, o agente da Polícia Federal (PF) Alexandre Bustamante, informa que está em fase de conclusão um plano de enfrentamento interno.
Bustamante destaca que pela primeira vez o Estado une tantos órgãos públicos para discutir e firmar um pacto de combate as drogas. Essa mesma integração começa a ser aplicada dentro da Segurança Pública, por meio de um projeto de qualidade de vida que inclui a prevenção e o tratamento de quem faz uso. A ideia é que quando acabar a execução do Plano Estadual de Enfrentamento às Drogas traçado para o período de 2012-2015, as ações implantadas sejam permanentes.
Fonte: Diário de Cuiabá