Diazepam: O que é, efeitos, riscos – Saiba tudo sobre este benzodiazepínico

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O diazepam é um medicamento da classe dos benzodiazepínicos conhecido principalmente por proporcionar um efeito calmante. Ele costuma ser utilizado no tratamento de diferentes condições de saúde, mas principalmente para ansiedade, espasmos musculares e convulsões.

Considerado um remédio tarja preta de efeito imediato, deve ser consumido apenas sob acompanhamento médico, uma vez que pode gerar diversos efeitos colaterais e até mesmo dependência quando usado em quantidades e tempo além do necessário.

Nas farmácias brasileiras, o diazepam pode ser encontrado em remédios com os nomes Ansilive, Calmociteno, Kiatrium, Noam, Somaplus e Valium, porém só pode ser adquirido mediante apresentação de receita médica.

Vale lembrar também que o diazepam atua apenas aliviando os sintomas da ansiedade e não no tratamento do distúrbio. Aproveite e confira abaixo tudo o que você precisa saber sobre esse benzodiazepínico.

O que é Diazepam? 

Diazepam é um medicamento ansiolítico da classe dos benzodiazepínicos que pode ser administrado por via oral (comprimido + água) ou por injeção. Comercializado pela primeira vez com o nome “Valium”, esse remédio é conhecido por suas propriedades ansiolíticas, sedativas, relaxantes e anticonvulsivantes.

Para que serve o diazepam? 

Utilizado pela medicina há mais de 50 anos, o diazepam é indicado principalmente para o alívio sintomático da ansiedade e de outras queixas somáticas ou psicológicas associadas à síndrome da ansiedade.

Seu efeito calmante é eficaz no tratamento a curto prazo de problemas do sono – como no caso da insônia, por exemplo – e também pode auxiliar em casos de ataques de pânico e durante episódios de transtorno bipolar.

O ansiolítico, porém, também pode ser usado com outras finalidades como para o alívio de espasmos musculares associado à lesões ou à doenças dos neurônios motores e até mesmo para o controle de convulsões causadas por epilepsia ou febre.

Além disso, o diazepam pode ser indicado no gerenciamento de sintomas de abstinência alcoólica porque é capaz de aliviar a agitação, tremores, alucinações e delírios. Também é prescrito para tratar dores intensas e aliviar a tensão antes de cirurgias.

Quais são os efeitos do diazepam no corpo? 

Após a ingestão do diazepam, os sintomas da ansiedade são amenizados pelo corpo do paciente. Sedativo, relaxante e anticonvulsivante, esse medicamento interage com receptores no cérebro que acabam inibindo a atividade das células.

Ao promover um efeito calmante, o diazepam torna-se capaz de reduzir o “ritmo de trabalho” do cérebro e permite que o paciente organize seus pensamentos, o que é muito útil em episódios de ansiedade. 

O medicamento também age contendo as descargas elétricas dos neurônios, atenuando, dessa forma, crises convulsivas.

Quanto tempo dura o efeito do diazepam? 

O organismo começa a sentir os efeitos do diazepam entre 15 a 45 minutos após seu consumo. Sua concentração máxima é atingida em cerca de 30 minutos ou em até 1 hora e meia e seus efeitos duram de 2 a 3 horas. 

Quais são as contraindicações para o diazepam? 

Independentemente do paciente ou do quadro, o diazepam jamais deve ser usado sem uma indicação formal de um médico especialista. Além disso, ele é totalmente contraindicado para:

  • Gestantes;
  • Lactantes;
  • Pessoas com glaucoma;
  • Pessoas diagnosticadas com apneia do sono;
  • Pacientes com insuficiência hepática, renal ou respiratória;
  • Idosos;
  • Crianças de até 12 anos;
  • Alérgicos a qualquer componente da fórmula.

Já as seguintes condições devem ser analisadas:

  • Problemas no fígado ou rins;
  • Fraqueza muscular;
  • Depressão ou pensamentos suicidas;
  • Diagnóstico de transtorno de personalidade;
  • Problemas com o consumo de drogas ou álcool;
  • Arteriosclerose;
  • Baixas taxas de albumina no sangue; e
  • Tentativa de gravidez.

Interações com outros medicamentos 

Certas combinações medicamentosas podem sabotar o tratamento com diazepam ou até mesmo potencializar suas reações adversas. Por existirem uma série de interações possíveis, é fundamental que o paciente seja transparente ao avisar o médico sobre todas as substâncias que ele consome.

Não deixe de comunicar o médico ou farmacêutico se você estiver fazendo o uso (ou se fez o uso recente) das seguintes substâncias:

  • Antialérgicos
  • Anticonvulsivantes
  • Antidepressivos
  • Antifúngicos
  • Antipsicóticos
  • Dissulfiram
  • Hipnóticos
  • Isoniazida
  • Omeprazol
  • Opióides
  • Relaxantes musculares
  • Remédios usados no tratamento de HIV
  • Rifampicina
  • Teofilina
  • Vitamina C 

Mesmo havendo pouca informação sobre a interação do diazepam com fitoterápicos, também é recomendado avisar o médico em caso de uso de passiflora, valeriana ou de suplementos como a vitamina B12.

Quais são os riscos e efeitos colaterais que o diazepam pode provocar? 

O diazepam é considerado um medicamento seguro e bem eficaz, desde que usado em doses e períodos adequados. No entanto, como qualquer outro remédio, pode causar alguns efeitos colaterais indesejados.

Os efeitos colaterais mais comuns são:

  • Cansaço;
  • Sonolência;
  • Confusão mental; 
  • Relaxamento muscular; e
  • Tremor nas mãos.

Já como efeitos colaterais mais raros foram registrados:

  • Amnésia;
  • Alucinações;
  • Dor de cabeça;
  • Peles e olhos amarelados;
  • Dificuldade para respirar;
  • Delírios; e
  • Efeito contrário do esperado (como inquietude, irritabilidade e agitação) principalmente em idosos e crianças.

Ainda não existem estudos que comprovem a alta incidência de anomalias genéticas e deficiências congênitas em bebês de mulheres que passaram por tratamento com diazepam. No entanto, se usado durante a gestação, o medicamento pode elevar o risco de complicações na hora do parto.

Diazepam pode causar dependência? 

Sim. Assim como acontece com qualquer benzodiazepínico, o uso prolongado desse medicamento pode levar à tolerância ou dependência, fazendo com que o paciente precise de doses cada vez maiores e, consequentemente, sofra com prejuízos à saúde.

A dependência do remédio pode ser tanto física, quanto psicológica e sua abstinência é capaz de causar “fissuras” no paciente, que pode confundir esse sintoma com uma crise de ansiedade e gerar um ciclo vicioso ao voltar a tomar o diazepam mesmo depois do fim de um tratamento.

Pessoas que fazem ou fizeram uso de álcool ou de outras drogas estão mais suscetíveis a esse risco . De qualquer forma, o consumo do diazepam deve sempre ser acompanhado por um médico especialista e não apenas durante o tratamento, mas também após sua interrupção.

Vale lembrar que o diazepam deve ser usado pelo menor tempo possível, não devendo passar de 2 ou 3 meses. Nos casos em que a terapia é mais longa, a recomendação é que as doses sejam paulatinamente reduzidas – e com acompanhamento profissional.

Diazepam e o sono: risco para quem dirige 

Por ser um medicamento com efeito calmante, é normal que o uso do diazepam cause sonolência ou até mesmo uma espécie de sedação ou amnésia no paciente, o que pode reduzir sua capacidade de concentração e até mesmo sua força muscular

Diante disso, o paciente deve ser alertado sobre o risco da realização de atividades que exigem atenção e que podem acarretar em algum tipo de acidente, como no caso de caminhoneiros e motoristas que dirigem em vias públicas ou de trabalhadores que atuam na operação de máquinas.

O médico responsável por prescrever o diazepam pode, inclusive, solicitar que o paciente suspenda completamente essas atividades durante o período de tratamento, decidindo também o momento certo para que elas sejam retomadas. 

Diazepam é detectado no exame toxicológico? 

Sim. O exame toxicológico, que serve para identificar se a pessoa consumiu ou se expôs a alguma substância tóxica ou drogas nos últimos 180 dias, é capaz de detectar qualquer medicamento da família dos benzodiazepínicos, como é o caso do diazepam.

No entanto, apesar de ser detectado no exame toxicológico, ele não é analisado no exame toxicológico para renovar a CNH. A depender da forma em que o Diazepam é consumido, como por exemplo em medicamentos, é considerado como um medicamento controlado.

Por se enquadrar como medicamento controlado, é necessário que o motorista apresente uma receita médica, para que seja feito a avalição e a justificativa no relatório médico, para que conste no relatório que o motorista está apto para seguir com a renovação da habilitação.  

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Onde fazer o exame toxicológico? 

O exame toxicológico pode ser feito nos principais laboratórios do país e não exige nenhum preparo prévio.

Na Toxicologia Pardini, o procedimento é ágil, levando apenas alguns minutos, e é conduzido por uma equipe multidisciplinar altamente qualificada. Adicionalmente, os resultados do exame são prontamente disponibilizados no site e no aplicativo, garantindo acesso conveniente tanto para o paciente quanto para o médico.

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Saiba mais sobre o Exame Toxicológico

Caso você queira saber mais informações a respeito do exame toxicológico, como:

  • Qual é o tempo de detecção de drogas do exame toxicológico?
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