Nos últimos meses, um nome tem assombrado os corredores dos hospitais de São Paulo: droga K9. A Secretaria de Saúde do Estado confirma um alarmante aumento no número de internações de pessoas infectadas por essa droga, que já é considerada uma das mais letais e destrutivas do mundo todo.
Embora tenha como base o canabinoide sintético, a K9 leva em sua composição diversas substâncias tóxicas que superam em até 100 vezes os efeitos da maconha. Especialistas alertam que seus impactos podem ser ainda mais devastadores do que os do crack e, logo nos primeiros dias de uso, já destrói o fígado e os rins do usuário.
Também conhecida como ketamina, droga zumbi, spice, maconha K9 ou supermaconha, a K9 é uma droga sintética capaz de desconectar o usuário da realidade. É feita a partir de plantas pulverizadas com produtos químicos e, por ser altamente tóxica e barata, é considerada uma das drogas mais perigosas e viciantes do mundo.
Quando a K9 é usada, ela se liga aos receptores opioides no cérebro, desencadeando a liberação de dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer e recompensa. Esses efeitos prazerosos combinados à adaptação do cérebro à droga e à necessidade de aliviar os sintomas de abstinência contribuem para a rápida e intensa dependência química.
Muitas pessoas que usam essa substância acabam perdendo o controle de suas vidas e podem morrer em até 2 anos. Tão preocupante é o seu potencial destrutivo que a K9 entrou para a lista de substâncias controladas pela Drug Enforcement Administration (DEA), agência federal encarregada de controlar e reprimir o uso de narcóticos nos EUA.
A K9 ficou conhecida como droga zumbi porque provoca no usuário a perda de tecido da pele, além da deterioração geral da sua saúde, sendo responsável também por causar uma aparência emaciada e doentia. Além disso, a K9 em altas quantidades pode causar um efeito conhecido como “anestesia dissociativa”, e o usuário fica incapaz de falar ou de se mover.
Essa droga pode ser encontrada em forma de pó ou comprimidos, e pode ser consumida por via oral, nasal ou injetável (direto na corrente sanguínea através de uma seringa).
Alguns registros apontam que a droga K9 surgiu nos Estados Unidos na década de 1990, mas a disseminação descontrolada começou em 2010, quando diversas regiões do país passaram a banir sua composição química.
As primeiras apreensões da droga K9 no Brasil foram registradas em 2020, mas foi em 2023 que o número de casos de intoxicação por canabinóides sintéticos aumentou consideravelmente, preocupando as autoridades de saúde do nosso país.
Os efeitos da K9 no organismo podem variar de acordo com a dose, a pureza e a sensibilidade de cada pessoa. No entanto, os mais comuns são:
- Alucinações visuais e auditivas;
- Ansiedade, paranóia e pânico;
- Alterações na percepção do tempo e do espaço;
- Comportamento violento e agressivo;
- Agitação;
- Pensamentos suicidas;
- Alucinações, delírios e psicose;
- Aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial;
- Náuseas, vômitos e diarreia;
- Convulsões, tremores e espasmos musculares;
- Perda de consciência e coma;
- Sonolência;
- Tontura;
- Problemas respiratórios;
- Problemas gastrointestinais;
- Acidente vascular cerebral (AVC);
- Destruição das fibras musculares;
- Insuficiência renal.
A longo prazo, os efeitos colaterais do uso da K9 são extremamente devastadores e preocupantes, pois atingem tanto o corpo, quanto a mente do usuário. Além da dependência química, por exemplo, a pessoa também pode sofrer com transtornos mentais como a ansiedade e a depressão.
Alguns efeitos também são literalmente visíveis, sendo os mais notórios a necrose da pele, que pode levar a feridas abertas, exposição de ossos e tecidos e a gangrena, uma complicação bastante séria que pode causar danos profundos nos ossos e músculos, comprometendo a mobilidade.
Essas feridas abertas também são portas de entrada para infecções bacterianas, fúngicas e virais e o uso contínuo pode resultar em danos aos órgãos internos, uma vez que as substâncias tóxicas podem ser inaladas ou injetadas direto na corrente sanguínea.
Em geral, os efeitos da droga zumbi no corpo e na mente podem durar cerca de 30 minutos a algumas horas, variando de acordo com a dose e a forma de administração da droga.
A droga K9 é uma mistura de outras drogas, como cocaína, heroína e fentanil, um opióide sintético usado como medicamento e 50 vezes mais forte do que a morfina. A composição da droga zumbi também inclui componentes químicos como codeína (um medicamento indicado para dor), gasolina, ácido clorhídrico, iodo, fósforo – ou seja, é uma droga altamente tóxica.
Apesar de também ser chamada de maconha sintética ou de supermaconha, a droga K9 é totalmente diferente da maconha. Na verdade, o único ponto em comum é que ela utiliza os mesmos receptores que a cannabis, mas os componentes não são os mesmos, já que a maconha é obtida a partir de uma planta.
Embora a maconha encontrada no Brasil seja considerada uma das piores do mundo por misturar a planta a outros componentes, nada se compara à potência das drogas obtidas em laboratório, como é o caso desses canabinoides sintéticos. A K9 é considerada até 100 vezes mais potente do que um cigarro de maconha.
Além da K9, existem também as variantes K2 e K4, que se diferenciam pela forma de apresentação e pelas substâncias adicionadas às drogas sintéticas.
A K2 é a droga obtida quando essas substâncias são aplicadas em papel. Quando é misturada com tabaco para fumar, é conhecida como K4. E quando é pulverizada sobre porções de outras drogas, como cocaína ou maconha, recebe o nome de K9.
O K9 não é especificamente testado nos exames de drogas padrão, mas os componentes tóxicos usados em sua fabricação podem ser detectados no exame toxicológico de larga janela de detecção, que procura substâncias específicas, como solventes ou opióides.
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